sexta-feira, 26 de março de 2010

HominisCanidaee - Entrevista Jair Naves e EP Araguari...

Opa, foi mal a demora. Passamos por turbulências com o blogspot, mas estamos de volta com um "e" a mais, agora é HominisCanidaee e começamos com uma entrevista/resenha feita pelo Paulo Marcondes, um HominiCanidae nato.

Jair Naves é um músico (mesmo que ele não goste desse título, ou ao menos não gostava) e com esse EP mostrou uma evolução enorme em seu trabalho. Tanto no vocal (dessa vez, limpo, sem gritos e acompanhado por Júlia Frate, cantora) quanto em suas letras que estão de uma poesia enorma e com uma sonoridade bem diferente de tudo que todos esperavam. Algo calmo, mais fácil de se digerir do que o Ludovic (ex-banda do Jair) a qual comparações não serão feitas.
Se me pedirem pra classificar ou dar uma dica do que o som dele se parece, eu diria: "pega um pouco de Joy Division na época do Unknown Pleasures, de Dolores Duran, Walter Franco e Maysa. Agora mistura tudo, é, lembra um pouco." Como foi dito no post do Hominis: Não é rock. Não é folk. Não é samba. Não é moda de viola. É apenas o melhor letrista da atualidade em um projeto sincero e visceral.

Download do Ep: Jair Naves - Araguari EP (2010).rar

Demorou, mas segue agora uma entrevista com o próprio Jair Naves, falando sobre música, as dificuldade de um trabalho solo, sobre o mercado independente, sobre a vida, da maneira mais direta possivel...

1. No começo do EP, existe um pedaço do filme "O caso dos irmãos Naves" há algum parentesco com eles?
Essa é uma pergunta que sempre me fazem e eu nunca sei exatamente o que responder, já que eu mesmo continuo com essa dúvida. Pelo que eu consegui apurar, havia uma ligação da família de Sebastião e Joaquim (as vítimas do ocorrido) com o pessoal da minha avó paterna, mas afirmar que eles eram meus parentes seria meio abusado da minha parte. O que me fez mencionar a história deles na introdução do EP não foi só a ligação com a cidade e a coincidência (ou não) do sobrenome, mas também a intenção de prestar uma homenagem a eles e de trazer o caso para o conhecimento daqueles que se interessam pelo que eu faço.

2. Você com esse projeto conseguiu trabalhar de maneira diferente nas letras. Lembro de uma vez que li que tinha planos em se expor menos.Acha que conseguiu isso em Araguari?
Infelizmente não (risos). Quer dizer, tentei trabalhar melhor com metáforas e falar um pouco mais da vida de outras pessoas, coisa que eu não fazia muito antigamente. Por outro lado, tratei de assuntos íntimos muito abertamente, com uma transparência até maior do que eu costumava utilizar no passado.

3. Em Araguari II (meus dias de vândalo) existe um verso que diz "minha reza de ateu". O que é Deus para você?
Olha, você realmente pegou pesado nessa. Eu poderia ficar escrevendo durante horas e ainda assim não conseguiria definir o meu conceito de Deus. Eu tenho uma visão muito pessoal a esse respeito, uma teoria que eu formulei de acordo com as experiências que eu tive, as perdas que eu sofri, os rumos que pessoas próximas a mim deram às suas vidas e etc. Sobre a música em si, a estrofe em que esse verso se encontra é toda sobre desespero, esgotamento, falta de perspectiva, questionamento sobre o futuro e angústias dessa natureza. Quando eu usei essa imagem, quis passar a impressão de alguém que apela para o último dos recursos – a tal “reza de ateu”. Tem uma conotação religiosa, obviamente, mas não é exatamente sobre crer ou não na existência divina.

4. Como é sair de uma banda e ter um projeto solo? Digo, tomar conta de quase tudo sozinho?
Ainda estou estranhando um pouco. Passei metade da minha vida fazendo parte de bandas, é a primeira vez que trabalho assim, lançando discos sob o meu próprio nome. De qualquer forma, por enquanto eu não posso me queixar de nada. As pessoas estão gostando das músicas, os shows têm sido bons e a minha banda não poderia ser melhor. Tenho muita sorte por poder contar com esses músicos que tocam comigo, são pessoas em quem eu acredito muito e que abraçaram o trabalho com uma dedicação tão grande que chega a ser até comovente pra mim.

5. O que você considerou mais difícil neste ep? Compor, gravar, mixar, tentar desviar a ansiedade?
Tudo foi extremamente difícil, desafiador. Não só por eu ter trabalhado por conta própria na maior parte do tempo, mas também porque acho que nunca fui tão exigente comigo mesmo quanto dessa vez. Como eu não queria me repetir ou fazer aquilo que as pessoas esperavam de mim, levei muito tempo lapidando as músicas e letras. A gravação também foi complicada, tanto pela complexidade de alguns arranjos quanto pelo fato de eu ter introduzido muitos elementos com os quais eu ainda não estava muito habituado (sintetizadores, piano, muitos backing vocals, vozes femininas, samplers, etc). Na mixagem e masterização foi um pouco mais tranqüilo. Tive o privilégio de poder contar com o Renato Coppoli, um verdadeiro mestre do ofício, com quem aprendi muita coisa no pouco tempo que trabalhamos juntos. Quando já estava tudo pronto, tive que esperar um pouco para conseguir a liberação dos trechos de “O Caso dos Irmãos Naves” que foram utilizados em “Araguari I (Meus Amores Inconfessos)”. A ansiedade foi realmente enorme, eu não tinha idéia de como as pessoas iriam receber essas músicas, mas valeu a pena passar por tudo isso. Com toda a franqueza, acredito que esse é o meu melhor trabalho até o presente momento.

6. Onde foi parar a loucura do vocalista da Ludovic? Ela persistira ao vivo mesmo com um som considerado mais "calmo"?
Acho que foi parar nas músicas em si. Acredito que esse EP contém algumas das minhas composições mais ousadas, de estruturas menos óbvias, mais “experimentais” no sentido literal do termo. Sobre os shows, difícil dizer. Não tenho qualquer interesse em repetir coisas que eu fiz no passado, mas ao mesmo tempo eu tenho minha personalidade, meu jeito de fazer as coisas, características das quais eu não vou me livrar nunca, mesmo que eu queria. Cabe a vocês ir aos shows e tirar suas próprias conclusões, creio eu.


Video de Araguari II no show de Lançamento do EP na festa da Travolta Discos

7. Voce acredita que o público do Ludovic vai somar ao seu projeto solo? Pensou nisso quando fez o EP? Ou isso não faz parte do processo pra voce?

Nunca penso nisso enquanto componho. Acho muito perigosa essa preocupação com o que as pessoas vão pensar – aliás, não só perigosa, mas sem sentido. É impossível prever a quem você vai ou não agradar, então a única coisa que você pode fazer é ser sincero consigo mesmo, se esforçar ao máximo em todas as etapas e depois torcer pra que alguém mais goste do resultado. A recepção por parte dos fãs do Ludovic tem sido muito melhor do que eu esperava. Enquanto eu estava gravando o EP, me parecia algo tão diferente de tudo que eu fiz no passado que me dava a certeza de que muita gente iria torcer o nariz. Mas foi o contrário disso, a resposta que eu tive foi surpreendentemente positiva. Fico feliz com isso, me dá segurança para explorar novos caminhos no disco que a gente tá gravando atualmente.

8. Reza a lenda que você não é muito a favor do download gratuito. Isso mudou?Qual a sua posição sobre o assunto musica livre na internet e essas coisas?!

Hoje em dia você precisa se adaptar a essa condição, não tem jeito. A regra atual do jogo é essa, o perfil de quem consome música mudou completamente, é preciso achar maneiras de usar essa nova conjuntura a seu favor. Para mim continua parecendo um pouco estranho, uma vez que o público e o mercado exigem gravações de boa qualidade, o que evidentemente custa um bom dinheiro, mas nem sempre quer pagar por isso - o que, pelo menos para músicos independentes, não é um quadro nada animador. Mas é assim que funciona, então o negócio é focar no lado positivo da coisa, pensar nas alternativas possíveis e seguir em frente.

9. Quais os planos com o projeto solo?! Pensa em sair do gueto e rodar mais o país?! Fale o que quiser pra quem quiser...
Os planos são de tocar o máximo possível, com quem nos chamar, em qualquer palco que nos receber. Fora isso, estamos gravando atualmente um disco "cheio", que deverá ter de 10 a 12 músicas inéditas, cuja previsão de lançamento é ainda para 2010. Estou muito empolgado com essa nova fase, espero poder contar com o apoio daqueles que me conhecem de meus projetos passados. Fora isso, muito obrigado a vocês pelo espaço. Tomara que a gente se encontre por aí em breve.

Fotos: Patrícia Caggegi
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segunda-feira, 8 de março de 2010

Primeira Noite Noize - 26/03

cartaz(Gustavo Rocha)



VAMOZ!(PE)
RAYBANS(PE)
OS INFLAMÁVEIS
+ DISCOTECAGEM ROCK

SEXTA 26/03 - as 21
hrs
Centro Cultural Dosol
entrada: R$: 5,00



O Coletivo Noize com apoio do Centro Cultural Dosol, da inicio ao projeto "Noite Noize", festa quinzenal do Coletivo. para dar inicio as atividades é com muito orgulho que apresentamos uma das melhores bandas de "ROCK" do nordeste o incrivel Vamoz! e suas guitarras matadoras, a festa tambem conta com a participação do Raybans projeto formado por musicos de Recife que tocam em bandas como Sweet Fanny Adams, AMP e Vamoz! a banda que tem influência de rock 50', 60' e tudo o que envolva o clássico, o cru e o charmoso são as preferências no repertório da banda que vai de Chuck Barry, David Bowie, Stooges até Greenhorns. e para abrir a festa, sem sair da pegada 60' Os Inflamáveis, banda da nova geração do rock potiguar, que vem mostrando muita competencia e boas composições, estão terminando de gravando um EP com 6 musicas que deve ser lançado muito em breve.

a festa será divertida, e para deixar a coisa toda ainda mais em clima
festa, quem for de Ray-ban ganha um cd na entrada do show.*
a promoção só vale pra quem entrar na primeira banda*


SERVIÇO?
O QUE ? NOITE NOIZE
QUANDO? SEXTA, DIA 26 DE MARÇO, 21H
ONDE? CENTRO CULTURAL DOSOL, RUA CHILE, RIBEIRA
ATRAÇÕES? VAMOZ!(PE), RAYBANS(PE) OS INFLAMÁVEIS(RN)
QUANTO? 5 REAIS



duvidas?
noizecomunica@gmail.com
http://www.coletivonoize.blogspot.com
91115683 - Gustavo Rocha
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quinta-feira, 4 de março de 2010

Deadly Fate faz show para marcar o lançamento do 2º cd e os 20 anos de estrada


Paixão pela música. Deadly Fate faz show para marcar o lançamento do 2º cd, Secret Land e comemorar 20 anos de estrada.

Quantas bandas em Natal você conhece que têm vinte anos de estrada? E quantas são de Rock e têm em suas composições a participação de músicos como o maestro Oswaldo D’amore, o coral Madrigal, as sopranos Emille Dantas e Ângela Maria, ou mesmo a participação de convidados como Jorge Lima, Junior Primata e Ticiano D’amore? Certamente são poucas e o Deadly Fate, com muito orgulho, é uma delas.

Fundada em 1989, o Deadly Fate conquistou nessas duas décadas de estrada o respeito de músicos e fãs em Natal, no Brasil e no mundo. E se a banda ainda não viajou por outros países, o mundo viaja até eles através da rede mundial de computadores, e agora em 2010, o Deadly Fate entra de vez na rede e conquista cada vez mais fãs. No MySpace da banda, criado em novembro do ano passado e divulgado em janeiro deste ano, os números mostram a força e o encantamento dos fãs pela banda: são 2.878 visitas e 1.539 audições das músicas do novo disco em 26 países. No Orkut, o carinho dos fãs também é constante.

Inspirados pelas batalhas da vida, o Deadly Fate fala de fé, coragem, dilemas, respeito à vida. Fala também de amor. E em canções como Mom (a dedication) e na bem trabalhada Mother Nature’s Cry, a banda mostra o peso do metal em harmonia com a música clássica. Sentimento na criação.

Compositores da banda, a dupla Mauro Oruam (voz e guitarra) e Onofre Neto (guitarra) são parceiros desde a fundação do Deadly Fate, e mostram que continuam em perfeita sintonia em suas composições. Completam a banda, o baixista Marcos Flávio e o baterista Wilberto Amaral, que também foi o responsável pela gravação, produção musical e masterização do disco Secret Land.

E para marcar o lançamento do 2º disco, dia 06 de março, a partir das 22h, no Galpão 29, Ribeira, o Deadly Fate faz o show Secret Land. Participam da festa as bandas Thunder Steel, Sunset Boulevard e Metallica Cover. Os ingressos antecipados podem ser comprados na Dio Records (84) 3091 1991, Pedrassoli Turismo (84) 3082 8652 ou direto com o Deadly Fate, por R$ 10 ou R$ 20 ingresso + Cd.

Serviço:

Show do Deadly Fate lançando 2º Cd e comemorando 20 anos de estrada

Participação Thunder Steel, Metallica Cover e Sunset Boulevard

06 de março, 22h, Galpão 29, Ribeira, Natal-RN

Vendas antecipadas:

Dio Records (84) 3091 1991 e Pedrassoli Turismo (84) 3082 8652

R$ 10 ou R$ 20 ingresso + Cd

Para ouvir a banda clique aqui.
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