Hoje tem Subvercine #2
Exibição do documentário: Food, Inc.
Quanto: 5 reais
Quando: Quinta feira, dia 25 de fevereiro
Aonde: No mini auditório do IFRN (antigo CEFET)
Hora: Pontualmente às 19h
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A Lei Federal de Incentivo à Cultura, a famosa Lei Rouanet, é cobiçada por todos os músicos, artistas e produtores brasileiros. Originalmente, a sua proposta é dar incentivo financeiro para aqueles que não tem condições de custear suas turnês, montar seus espetáculos e afins. Mas se eu te contar o que a Colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo publicou hoje, você vai ficar indignado. E se trabalhar na área vai querer dar um "Hound-House-Kick" na tela do computador.
De acordo com a jornalista, o governo disponibilizou R$ 778 mil para que a turnê do segundo disco de Mallu Magalhões seja realizada. E de acordo com o empresário da cantora, os shows terão ingressos com preços "populares", R$20.
Vale lembrar que a jovem revelação da música brasileira teve o seu álbum lançado pela Sony Music, uma das maiores gravadores do país. Ou seja, tem amplo apoio para que qualquer uma das suas atividades, sejam elas, shows, divulgação, transporte, hospedagem e etc.
Esta não é a primeira vez que a Lei Rouanet é destinada a quem não precisa. Em junho do ano passado, o cantor baiano Caetano Veloso, foi beneficiado com R$ 1,7 milhões para a viabilizar a turnê de seu disco Zii e Zie.
E a pergunta que não que calar: e os independentes, como ficam?
Fontes: Folha de São Paulo/Punknet
O Grito Rock é um evento integrado que acontece em mais de 70 cidades brasileiras e ainda em Buenos Aires (Argentina), Córdoba (Argentina), Montevidéo (Uruguai) e Santa Cruz de La Sierra (Bolívia). Ou seja, é um festival integrado na América do Sul. A maior novidade esse ano é que muitas bandas foram escolhidas por inscrição através do Toque no Brasil, que é uma realização da ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), BM&A (Brasil Música & Artes), Circuito Fora do Eixo e Casas Associadas. As atrações espalhadas pelas cidades ficavam misturadas entre locais e bandas em circulação. Em Natal o evento ocorreu no Centro Cultural DoSol Rock Bar, contou com 10 bandas e foi realizado pelo Coletivo Noize.
A curiosidade girava em torno das bandas de fora e de ver como as locais estão evoluindo. O resultado foram 10 bons shows que iam desde o pop da paraibana Nublado até o experimentalismo da local Calistoga. Entre as locais é exatamente ela que se destaca mais por apontar para um som que fica difícil qualificar. Já foram hardcore, hoje chamam de post-rock. É na verdade o rock inquieto de sempre deles com o acréscimo dos teclados e sintetizador que Dante empunha quando não está cantando melodiosamente ou gritando. O Distro também vem melhorando. Estão bem entrosados, ganharam mais pegada com a entrada de Dado na bateria, mas continuam com o problema das paradas entre as músicas que quebra o ritmo.
Grandharva é de Pernambuco é faz uma cruza de stoner com grunge, assim como a local Rejects, onde se destaca o sempre preciso Marcelo Costa na bateria.. Bandas também entrosadas e que devem ganhar as terras vizinhas em breve. Como já escrito, a curiosidade era ver as bandas de fora. E foram as que se destacaram mais. O Velho de Câncer veio do Rio Grande do Sul para mostrar um rock rápido, punk, com letras politizadas cantadas enlouquecidamente pelo trio Bubu, Farinha e Pedro Mendigo. Que não é o trio gaúcho, mas três seres enlouquecidos locais. É a força do mundo virtual e das publicações underground. As duas paraibanas são antagônicas. O Nublado faz um som pop muito bem definido, com guitarras precisas e vocais melódicos, algo que não existe em Natal. Já a Zefirina Bomba atira para o outro lado. E finalmente fizeram um show sem problema algum. Corda da viola não quebrou, captador não falhou, saiu tudo certo. O resultado foi um barulho infernal terminando com uma do Nirvana, influência assumida do trio. Martim não tocou o baixo, em seu lugar veio o multi-banda Edy.
A edição local contou com um bom público no sábado e um pequeno, mas atento, no domingo. O Grito Rock continua país afora durante carnaval e fins-de-semana seguintes. Para saber a programação completa é só ir ao site do evento.
Veja o álbum de fotos.
1. Tente definir o som da sua banda em duas linhas. Tipo, quem nunca ouviu vai ver o que ao vivo?
O Gandharva soa como o caos. Intenso , potente e psicopata. Mas ainda sim, incompreensivelmente, soa harmônico.
Ao vivo, somos energia, vitalidade, rock’n’roll e vida boa!
2. Quais os planos para 2010, além de tocar no Grito Rock Natal?
Nossas ambições para o ano de 2010 são bastante audaciosas. Queremos tocar pelo país inteiro, divulgando o 2º EP da banda.
Esse ano nós temos o objetivo principal de tocar em todos os lugares possíveis.
Entrar em contato com o público mais diverso e levá-lo um som alto, cheio de energia e disposição.
Queremos fazer do Gandharva uma banda verdadeiramente atuante dentro da cena do Nordeste.
Ainda temos planos de realizar a gravação do nosso 3º EP.
3. FALE AÍ UMA BANDA GRINGA QUE VOCÊS GOSTAM E UMA BRASILEIRA.
Uma banda que nós gostamos muito, mas que não é tão conhecida por essas paragens,
é o Verdena. Um trio italiano que faz um rock alternativo de primeira qualidade.
No Brasil, nós curtimos muito a Calistoga, daí de Natal. Os caras se garantem demais.
A pegada da banda é violenta . Sem dúvida uma das melhores bandas brasileiras da última década, para nós.
4. QUAL A SOLUÇÃO PARA O CHAMADO INDEPENDENTE NO BRASIL? O QUE FALTA PARA A SITUAÇÃO MELHORAR?
Confluência de ações. Exatamente como o Grito Rock promove. Se houvessem mais eventos que acontecessem paralelamente no Brasil inteiro, durante o ano inteiro,
ficaria mais fácil de consolidar um público maior, que se interesse de verdade nas bandas independentes. Que vá aos shows, compre discos, e espalhe a idéia.
Achamos que de forma geral, o panorama aponta para um futuro muito bom. Ainda achamos que as bandas precisam se profissionalizar para atender a demanda
qualitativa que o público impõe. Desde imagem, áudio, release, site, myspace, e etc, tudo no melhor que as bandas possam oferecer.
5. SE PUDESSE GRITAR PARA O MUNDO, VOCÊS DIRIAM O QUÊ? QUAL A MENSAGEM?
"A vida é muito curta pra ser pequena". Essa frase do poeta argentino Jorge Luis Borges é o mote para o nosso rock.
© 2009 ·Coletivo Noize by TNB