Coletivo Noize no Portal Fora do Eixo
Ney Hugo | Espaço Cubo | Cuiabá - MT
Desde que foi criado, no final de 2005, o Circuito Fora do Eixo expande a sua rede a cada dia, cada vez contando com número maior de agentes integrados e estimulando o surgimento e desenvolvimento de um contingente expressivo de bandas, produtoras e, principalmente, coletivos.
Recentemente a Região Nordeste – que devido à situação geográfica, demorou um pouco mais a estreitar os laços com o Circuito – foi agraciada com o surgimento de alguns coletivos que já vem demonstrando ações interessantes. Vide o primeiro Grito Rock do ano, realizado em Porto de Galinhas(PE) pelo pessoal do Lumo (Recife), e o Festival Mundo, que após a sua quarta edição, deixa o grupo produtor legitimado enquanto coletivo.
E eis que agora surge mais um, em Natal(RN), pra somar com a produtora Dosol, que é quem mais trouxe visualização para o Rio Grande do Norte no fora do eixo. Conversamos com Gustavo Rocha, representante do Noize (e também baixista do Calistoga, o At the Drive In potiguar), que falou a respeito do processo de criação do Coletivo Noize, as parcerias estabelecidas, como Coletivo pretende trabalhar e se inserir e muito mais. A primeira ação de destaque será a Feira Noize, que promete “unir diversas formas de expressão artistica e proporcionar a exposição de artistas e produtos de anônimos”. Confira.
Portal FE: Como é o conceito exato do Noize? É uma produtora e coletivo ao mesmo tempo?
Gustavo Rocha: O Coletivo Noize é um grupo de produtores, artistas, bandas, designers, fotógrafos e mais uma ruma de coisa... O nosso propósito é movimentar mais a cena cultural da nossa cidade, desde a musicas ao cinema, teatro e até mesmo culinária. Nosso objetivo é dar mais estrutura as produções independentes da nossa cidade, informação e entretenimento.
Portal FE: Qual o intuito da realização da Feira Noise? No texto lançado na lista do Nordeste Independente vocês falam em resgatar as antigas feiras culturais da Ribeira, mas nova roupagem. Que nova roupagem é essa?
Gustavo Rocha: A feira vem com o propósito de dar espaço para o pessoal que tem pouco espaço na cidade, que seriam artistas de produção manual entre outras atividades, alem de venda e troca de cds, e até mesmo pessoas que já possuem lojas, a nova roupagem é o formato que a gente escolheu. Não vamos cobrar NADA de ninguém que vai participar da feira, e também não vamos cobrar entrada alem disso vai rolar uma decoração no espaço e discotecagem durante todo o evento, dessa forma a gente acha que vai atrair mais o publico alem de provocar o encontro desses artistas que pode render coisas legais como lojas, novos projetos e a união desses artistas. A idéia é que a feira aconteça toda primeira semana de todos os meses.
Portal FE: Quais estão sendo os planos de vocês enquanto coletivo nos trabalhos aí em Natal? Já buscaram alguma parceria com o DoSol, por exemplo, que é uma produtora que conquistou um respeito nacional nos trabalhos no Nordeste como produtora?
Gustavo Rocha: Sim, o coletivo tem projetos em parceria com o DoSol. Que foi o nosso primeiro parceiro em projetos, o Festival Nordeste Independente por exemplo esta sendo em parceria com o dosol e com o selo XubbaMusik, também temos parceria com o Centro Cultural Casa da Ribeira, onde vai rolar o CineNoize e mais dois projetos de áudio-visual. A gente acha muito importante essas parcerias aqui na cidade e fora dela. Enquanto coletivo, somos um coletivo muito novo ainda, com 4 meses de vida só, nos estamos nos estruturando e temos muito que aprender ainda, estamos fortalecendo nossa equipe e parcerias dentro e fora da cidade e já estamos montando um projeto para o nosso próprio centro cultural.
Portal FE: Como vcs entendem o fora do eixo? Já se informaram com o Foca ou buscaram na net?
Gustavo Rocha: Informações por Foca, internet e do pessoal do coletivo Lumo de Recife(coletivo hoje que a gente te mais contato). Eu vejo o Fora do Eixo algo muito positivo para o cenário independente, acho que essa união dos coletivos tem tudo para somar e facilitar as coisas, pois assim teremos uma melhor organização, logo um maior crescimento. É muito importante hoje a troca de tecnologia entre produtores, músicos e envolvidos e vejo o FDE fazer isso muito bem.
Portal FE: Como vocês visualizam a integração entre produtores e coletivos no Nordeste? Como é o contato de vocês com o Mundo(PB), Lumo(PE) e os demais?
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