Banda da Semana : Love Toys
por marcelo ..
A "pegada do punk rock com o feeling do rock'n'roll"Com não muito mais que um ano de estrada a pernambucana Love Toys vem se destacando com firmeza no mundo virtual, tendo sido referenciada pelo Lado[R], na revista O Grito! e mais recentemente no Rock em Geral, do Marcos Bragatto (jornalista de renome, tendo no seu currículo colaborações para revistas como a Rock Press, Revista da MTV e a falecida Bizz). Além de estarem participando também de uma coletânea virtual de bandas independentes organizada pelo site Punk Download.
A banda, que teve início no começo de 2008, faz um rock rápido e enérgico, com um som sujo e carregado que soa como uma mistura de punkrock e hardrock batidos no liquidificador.
Além de serem bons de som não são de perder tempo, lançaram ainda em Agosto do mesmo ano de estréia seu primeiro EP: Love Toys, contendo três faixas. Destaque para o som instigante de Only Tease que, na minha opinião, lidera com força o trio de músicas.
Em Janeiro de 2009 lançam o segundo EP, dessa vez com quatro faixas: o Heavy Duty. Com músicas redondinhas, o EP saí do forno com um som mais limpo, igualmente rápido e ainda mais esguelado. Destaque para as guitarras de 18-19-20 e para a revolta de Would You Feel Good.
Todas as músicas estão disponíveis no myspace do Love Toys e ambos EPs foram disponibilizados para download pela própria banda.
http://www.youtube.com/watch?v=vb9Zv8i9Z6w
Clipe da música Only Tease, elaborado em Novembro de 2008 e selecionado para exibição no X Festival de Vídeo de Pernambuco.
Segue uma Entrevista feita com Luiz Manghi, guitarrista do Love Toys:
Coletivo Noize: Uma coisa curiosa que eu notei é o endereço do myspace de vocês: "buy love toys". Mas afinal, de onde surgiu o nome Love Toys e, aproveitando o gancho, como foi o começo da banda? Como surgiu a Love Toys? Vocês já se conheciam?
Love Toys: Então, o nome do myspace foi porque já tinha um usuário /lovetoys, aí a gente começou a pensar em uma saída e Renan chegou com a idéia do /buylovetoys pra tipo brincar com o nome Love Toys mesmo, que, pra quem não sabe, são aqueles brinquedinhos que a galera compra no Sex Shop para aquelas noites de sexta-feira chuvosa, em que você fica em casa sem fazer nada. A banda foi pensada por mim e Fred, que estudavam juntos no colégio e mesmo depois de terminado o 3º ano, continuaram se encontrando pra tomar umas cervejas por aí. Fred era metaleiro no colégio e odiava punk, mas aí, depois de algum tempo, com ajuda de uma grande insistência minha, ele começou a abrir a cabeça pra outros sons, inclusive o punk. Então a gente começou a curtir muita
banda em comum, aí o resultado foi pensar numa banda que unisse punk e rock'n'roll, e isso foi o embrião da Love Toys. Rafael eu já conhecia e chamei ele pra bateria e Renan ninguém conhecia, mas aí ele tocava baixo numa banda chamada Unlucky Seconds, que era bem legal por sinal, e eu conhecia uma ex-namorada dele. Aí peguei o contato dele e chamei pra banda.
CN: Quais são as principais influências da banda? Quem faz as composições?
LT: Po, bandas de punk 77 e rock'n'roll 60's e 70's. Isso são as principais, mas aí, como todo mundo tem um gosto musical bem plural, dá pra notar outras influências perdidas nas músicas. As composições são creditadas a banda, porque ninguém faz música sozinho. Se existem 4 integrantes que colocam ali naquela música seu instrumento, então eles também estão compondo a música, literalmente. Normalmente as canções surgem de riffs base, e aí vamos dixavando o riff. hehehe.
CN: Quais são as principais dificuldades que vocês enfrentam como banda independente? E como é se ter uma banda em Pernambuco?
LT: Po, a maior dificuldade, sem dúvida alguma, é a parte financeira. O cara ta
bancando tudo do próprio bolso, até shows mesmo que a gente organiza junto com uma galera e divide os custos. Fora ensaio, manutenção de instrumento (como essas cordas toram, meu deus!), gravação e todo o resto envolvido pra a banda se desenvolver. E ter uma banda independente em Pernambuco não deve ser muito diferente dos outros lugares do Brasil e do mundo não. É a ralação tradicional, correr atrás mesmo, não esperar nada cair do céu, fazer o seu e pronto. Ta sem show? Organiza! Quer divulgação? Se dana a mandar e-mail pra galera aí, mandar material, um dia respondem, se teu trabalho for legal mesmo.
CN: Vocês trabalham com outras bandas, existe um esquema de parceria por aí? Existe alguma banda que vocês admiram e acompanham?
LT: Sim velho, isso sempre tem que rolar. Ninguém cresce sozinho né? Recife ta com uma safra massa de banda de rock, do psicodélico ao punk. Tem as bandas mais chegadas que são as que a gente organizar show juntos, sai pra tomar umas cervas, enfim, parceria mesmo. Pra citar algumas bandas parceiras ou até as que a gente gosta mesmo, temos: Canivetes, Gigantesco Narval Elétrico, Os Insites, Caravana do Delírio, Ugly Boys, Candeias Rock City, Malvados Azuis, Jean Nicholas. São muitas, é foda listar que o cara sempre esquece de alguém importante. hahaha. Mas enfim, conheçam as bandas daqui, tem muita coisa legal! Pra todos os gostos!
CN: Vocês conhecem algum trabalho feito aqui no RN, alguma banda potiguar que vocês escutam ou já escutaram e curtiram?
LT: Falando por mim assim, conheço o Fratelli das antigas, da época que eu tinha banda de hardcore e tal. Acho foda pra caralho e queria muito que os caras pegassem o embalo do show com os japinhas e voltassem com tudo!
Fora eles tem o The Sinks, que acabou né, o Calistoga, Os Bonnies...conheço poucas, mas as que conheço são bem legais.
CN: Falem um pouco sobre os planos da banda, as participações em circuitos, shows, se vocês já estão de olho em festivais e, principalmente, como anda a produção de vocês. Existem planos para o lançamento de um CD?
LT: Cara, a base da banda é nunca para de produzir, independente de ta com show marcado ou não. Essa história de festival é meio complicado, a gente se inscreve em altos né, mas quase nunca rola. hahaha. É aquela história do network que o pessoal tanto fala. Network pra cá, network pra lá...a gente se preocupa mais com a música mesmo, sabe? Lógico que sempre que rola de trocar idéia com gente nova, bandas novas, produtores, ou qualquer um envolvido na cadeia musical, a gente sempre ta afinzão, mas também não vamo ficar chupando o ovo de ninguém só pra ta tocando em festival não.
Pra lançar CD é complicado quando não se tem apoio nenhum. É uma grana mosntra pra o cara gravar, tipo, 10 músicas. Então, pra a gente, no momento, o formato de EP tem sido o mais proveitoso. Você grava umas 3, 4 músicas, solta no myspace, faz o cdzinho físico também pra inscrever em festival, vender, dá pra uma galera...por enquanto não temos condições de lançar CD não.
CN: Esse espaço final fica aberto pra que vocês possam falar qualquer coisa (é isso aí, qualquer coisa mesmo, pode descer o pau).
LT: Caralho, odeio esses finais de entrevista. hahaha. Nunca sei o que dizer. Quem não conhece a banda, dá uma escutada aí. Se curtir, mostra pros amigos,
pra mãe, pro pai, se a gente for tocar por aí, vai nos shows e tal, chega na gente pra trocar umas idéias. Tamos vendo se conseguimos fazer uma turnêzinha com a Canivetes, outra banda daqui de Hellcife, e aí acho que rolará de passar aí por Natal, se não rolar, estamos aceitando convites! Valeu o espaço aí ao pessoal do Coletivo Noize, ao Marcelo, que já nos proferiu algumas palavras de carinho, e a todos que leram essa entrevista até o fim. Abraços!
A banda, que teve início no começo de 2008, faz um rock rápido e enérgico, com um som sujo e carregado que soa como uma mistura de punkrock e hardrock batidos no liquidificador.
Além de serem bons de som não são de perder tempo, lançaram ainda em Agosto do mesmo ano de estréia seu primeiro EP: Love Toys, contendo três faixas. Destaque para o som instigante de Only Tease que, na minha opinião, lidera com força o trio de músicas.
Em Janeiro de 2009 lançam o segundo EP, dessa vez com quatro faixas: o Heavy Duty. Com músicas redondinhas, o EP saí do forno com um som mais limpo, igualmente rápido e ainda mais esguelado. Destaque para as guitarras de 18-19-20 e para a revolta de Would You Feel Good.
Todas as músicas estão disponíveis no myspace do Love Toys e ambos EPs foram disponibilizados para download pela própria banda.
http://www.youtube.com/watch?v=vb9Zv8i9Z6w
Clipe da música Only Tease, elaborado em Novembro de 2008 e selecionado para exibição no X Festival de Vídeo de Pernambuco.
Segue uma Entrevista feita com Luiz Manghi, guitarrista do Love Toys:
Coletivo Noize: Uma coisa curiosa que eu notei é o endereço do myspace de vocês: "buy love toys". Mas afinal, de onde surgiu o nome Love Toys e, aproveitando o gancho, como foi o começo da banda? Como surgiu a Love Toys? Vocês já se conheciam?
Love Toys: Então, o nome do myspace foi porque já tinha um usuário /lovetoys, aí a gente começou a pensar em uma saída e Renan chegou com a idéia do /buylovetoys pra tipo brincar com o nome Love Toys mesmo, que, pra quem não sabe, são aqueles brinquedinhos que a galera compra no Sex Shop para aquelas noites de sexta-feira chuvosa, em que você fica em casa sem fazer nada. A banda foi pensada por mim e Fred, que estudavam juntos no colégio e mesmo depois de terminado o 3º ano, continuaram se encontrando pra tomar umas cervejas por aí. Fred era metaleiro no colégio e odiava punk, mas aí, depois de algum tempo, com ajuda de uma grande insistência minha, ele começou a abrir a cabeça pra outros sons, inclusive o punk. Então a gente começou a curtir muita
banda em comum, aí o resultado foi pensar numa banda que unisse punk e rock'n'roll, e isso foi o embrião da Love Toys. Rafael eu já conhecia e chamei ele pra bateria e Renan ninguém conhecia, mas aí ele tocava baixo numa banda chamada Unlucky Seconds, que era bem legal por sinal, e eu conhecia uma ex-namorada dele. Aí peguei o contato dele e chamei pra banda.
CN: Quais são as principais influências da banda? Quem faz as composições?
LT: Po, bandas de punk 77 e rock'n'roll 60's e 70's. Isso são as principais, mas aí, como todo mundo tem um gosto musical bem plural, dá pra notar outras influências perdidas nas músicas. As composições são creditadas a banda, porque ninguém faz música sozinho. Se existem 4 integrantes que colocam ali naquela música seu instrumento, então eles também estão compondo a música, literalmente. Normalmente as canções surgem de riffs base, e aí vamos dixavando o riff. hehehe.
CN: Quais são as principais dificuldades que vocês enfrentam como banda independente? E como é se ter uma banda em Pernambuco?
LT: Po, a maior dificuldade, sem dúvida alguma, é a parte financeira. O cara ta
bancando tudo do próprio bolso, até shows mesmo que a gente organiza junto com uma galera e divide os custos. Fora ensaio, manutenção de instrumento (como essas cordas toram, meu deus!), gravação e todo o resto envolvido pra a banda se desenvolver. E ter uma banda independente em Pernambuco não deve ser muito diferente dos outros lugares do Brasil e do mundo não. É a ralação tradicional, correr atrás mesmo, não esperar nada cair do céu, fazer o seu e pronto. Ta sem show? Organiza! Quer divulgação? Se dana a mandar e-mail pra galera aí, mandar material, um dia respondem, se teu trabalho for legal mesmo.
CN: Vocês trabalham com outras bandas, existe um esquema de parceria por aí? Existe alguma banda que vocês admiram e acompanham?
LT: Sim velho, isso sempre tem que rolar. Ninguém cresce sozinho né? Recife ta com uma safra massa de banda de rock, do psicodélico ao punk. Tem as bandas mais chegadas que são as que a gente organizar show juntos, sai pra tomar umas cervas, enfim, parceria mesmo. Pra citar algumas bandas parceiras ou até as que a gente gosta mesmo, temos: Canivetes, Gigantesco Narval Elétrico, Os Insites, Caravana do Delírio, Ugly Boys, Candeias Rock City, Malvados Azuis, Jean Nicholas. São muitas, é foda listar que o cara sempre esquece de alguém importante. hahaha. Mas enfim, conheçam as bandas daqui, tem muita coisa legal! Pra todos os gostos!
CN: Vocês conhecem algum trabalho feito aqui no RN, alguma banda potiguar que vocês escutam ou já escutaram e curtiram?
LT: Falando por mim assim, conheço o Fratelli das antigas, da época que eu tinha banda de hardcore e tal. Acho foda pra caralho e queria muito que os caras pegassem o embalo do show com os japinhas e voltassem com tudo!
Fora eles tem o The Sinks, que acabou né, o Calistoga, Os Bonnies...conheço poucas, mas as que conheço são bem legais.
CN: Falem um pouco sobre os planos da banda, as participações em circuitos, shows, se vocês já estão de olho em festivais e, principalmente, como anda a produção de vocês. Existem planos para o lançamento de um CD?
LT: Cara, a base da banda é nunca para de produzir, independente de ta com show marcado ou não. Essa história de festival é meio complicado, a gente se inscreve em altos né, mas quase nunca rola. hahaha. É aquela história do network que o pessoal tanto fala. Network pra cá, network pra lá...a gente se preocupa mais com a música mesmo, sabe? Lógico que sempre que rola de trocar idéia com gente nova, bandas novas, produtores, ou qualquer um envolvido na cadeia musical, a gente sempre ta afinzão, mas também não vamo ficar chupando o ovo de ninguém só pra ta tocando em festival não.
Pra lançar CD é complicado quando não se tem apoio nenhum. É uma grana mosntra pra o cara gravar, tipo, 10 músicas. Então, pra a gente, no momento, o formato de EP tem sido o mais proveitoso. Você grava umas 3, 4 músicas, solta no myspace, faz o cdzinho físico também pra inscrever em festival, vender, dá pra uma galera...por enquanto não temos condições de lançar CD não.
CN: Esse espaço final fica aberto pra que vocês possam falar qualquer coisa (é isso aí, qualquer coisa mesmo, pode descer o pau).
LT: Caralho, odeio esses finais de entrevista. hahaha. Nunca sei o que dizer. Quem não conhece a banda, dá uma escutada aí. Se curtir, mostra pros amigos,
pra mãe, pro pai, se a gente for tocar por aí, vai nos shows e tal, chega na gente pra trocar umas idéias. Tamos vendo se conseguimos fazer uma turnêzinha com a Canivetes, outra banda daqui de Hellcife, e aí acho que rolará de passar aí por Natal, se não rolar, estamos aceitando convites! Valeu o espaço aí ao pessoal do Coletivo Noize, ao Marcelo, que já nos proferiu algumas palavras de carinho, e a todos que leram essa entrevista até o fim. Abraços!
2 comentários:
Da nova leva de bandas de Recife, é uma das mais divertidas mesmo.
3 de julho de 2009 às 10:37sou tiete!
5 de julho de 2009 às 17:47Postar um comentário