domingo, 12 de julho de 2009

[Resenha] CJ Ramone em Recife

Tudo começou assim...


Eram oito horas da manhã em um sábado, um tanto quanto comum e ensolarado, típico da capital Potiguar, quando 05 amigos fãs de Ramones se juntam para ir de carro assistir o Show do cara que rejuvenesceu a sua banda preferida no final da década de 80, quando o então baixista Dee Dee deixa o grupo para ser cantor de Rap.


Saímos de Natal com destino a Recife, Eu (Garrafinha), Karina, Pedrinho, Wesley e Ticiane, para assistir o show que para a gente tinha muita importância, pois poderia quem sabe ser uma última chance em vida de ver um Ramone de perto, já que em 2007 perdemos a chance de ver o Marky Ramone no Abril pro Rock daquele ano. Gostaria de mencionar que fizemos uma breve tour em João Pessoal antes de chegar em Recife e trilha sonora de toda a viagem foi regada de muito punk rock do Ramones e de bandas nacionais de Bubblegum e Horror Punk.


Chegamos Recife, por volta das 14:00 e seguimos pela Av. Agamenon Magalhães e já saímos direto em busca dos nossos estimados ingressos, que estavam vendidos a preço de R$ 20,00 (vinte reais), achei barato o preço, ainda mais se tratando de um artista gringo. Depois ficamos fazendo hora na casa de um amigo e ficamos aprendendo algumas gírias do dicionário “Recifês”.


Eram uma 23 horas, quando chegamos na frente do Clube Português do Recife, ali ficamos uma meia hora, na frente vendo a movimentação e tomando nossa cerveja. Nesse meio tempo observei pouca gente, muito menos do que Eu esperava que encontraria ali. Ouvir várias pessoas de Recife reclamando que o show não tinha sido muito divulgado e que inclusive não tinha saído em nenhum meio de comunicação escrito.


Passando a meia hora, entramos no clube e realmente confirmei o que tinha visto lá fora minutos antes, pouca gente, se tratando de um show de uma artista internacional. Creio que tinha cerca de 800 a 900 pessoas.


As 23:30 sobe ao palco O power trio liderado por CJ no baixo e Vocais, o Daniel Ray na Guitarra e back vocais e o Brant Bjork na Bateria, “Extilei” (gíria de Recife, que quer dizer espanto) com a formação da banda para esse show, já que em alguns sites na internet dizia que a banda que se apresentariam aqui no Brasil nessa turnê seria um quarteto, no caso teria também na guitarra o Brian Constanza, companheiro do CJ na banda Bad Chopper, o que não ocorreu. No mais não deram nenhum satisfação ou informação sobre a ausência do outro guitarrista, bem que pouca gente se importaria com isso já que o ponto forte da noite era o lendário baixista dos Ramones.


O show começou de forma eletrizante com o CJ muito estigado tocando a clássica “Blitzkrieg Bop” e o público cantando junto com ele. O repertório foi recheado de clássicos ramônicos como: I wanna be sedated, Cretin Hop, Beat on the brat, Poison Heart, entre outras. Na minha opinião o CJ interagiu bem com o público. O que achei estranho porque no auge da apresentação, CJ e Cia, saem do palco sem falar nada com o público o que gerou dúvida se à apresentação tinha acabado ou se tinha pausado, nisso o público nota que realmente a apresentação tinha acabado, pede pra o CJ volta ao palco e toca mais RAMONES e assim começa num tom sinérgico a proclamação do hino punk rock, “Hey Ho Let’s Go e Gabba gabba Hey, Gabba gabba Hey”. Depois disso CJ e sua banda retornam ao palco e tocam mais algumas músicas entre elas a clássica “Pet Semetary”, sendo cantada pelo seu co-autor Daniel Rey, ou seja, pelo 5º Ramone, como muitos dizem. Ao acabar essa seqüência final de músicas o CJ, agradece a platéia antes de sair do palco. Mais uma vez o público pede a sua volta ao palco e começam a cantar a clássica: “The KKK Took My Baby Away”, sendo que dessa vez ele não volta ao palco e se dá por encerrada a apresentação. Assim termina no início da madruga a apresentação do inestimável baixista do Ramones.


Os pontos negativos que posso destacar foi como já havia mencionado antes a falta de divulgação do show por parte da acessória de imprensa e da produção, isso fez com que muita gente não ficasse sabendo e assim justificando o pouco público presente. E outra coisa foi o tempo da apresentação, onde muita gente reclamou que tinha sido muito curta e também havia sido informado que teria discotecagem com clássicos do Punk Rock, onde acabou não acontecendo nada disso.


Agora falando por mim e pelos meus amigos que estive acompanhado nessa viagem e nesse show, onde posso afirmar que foi o melhor show das nossas vidas, até o momento. Porém ainda queríamos mais e assim ficamos esperando o CJ nos fundos do clube, onde a sua Van estava estacionada, para tiramos fotos e queríamos nossos autógrafos. Sendo que não só a gente queria isso outros fãs de Pernambuco naturalmente também queriam o mesmo,

Pra nossa sorte ficou um pequeno grupo de aproximadamente 20 pessoas esperando. Depois de alguns minutos um cara da produção diz que ele receberia a gente em seu camarim. De forma de fila indiana 2 e 2 entravam os fãs em seu camarim para tirar fotos e pegar autógrafos. Fiquei no final da fila e a cada dupla que sai do camarim eram dois sorrisos estampados nos rostos e com isso Eu ficava mais ansioso, nervoso e doido que chegasse logo a minha vez. Quando chegou a vez, ao entrar fui muito bem recebido pelo CJ, e meio tremulo, ao apertar sua mão, conseguir só falar com a voz tremula: “I like you, I love Ramones”, e ele de forma bem descontraída diz algumas palavras que Eu sinceramente não entendi quase nada, mais pelo humor deduzir que ele gostou do que ouvira e assim que tirei a minha foto com ele, agradeci e sair sorridente pelos corredores, querendo acreditar que não estava sonhando.


E no final terminou assim...


Saímos com sorrisos estampados nos nossos rostos, fotos tiradas, autógrafos e sem dúvida uma imagem muito boa do CJ RAMONE, realmente uma grande figura. Um cara que tem mais de 40 anos e que parece um adolescente no palco, muita energia. E assim voltamos felizes para Natal e com a sensação de que valeu a pena cruzamos dois estados pra ver esse show, que pra gente foi a melhor coisa que aconteceu na nossa vida de rock até o presente momento.

Por Antônio Garrafinha (Fliperama/Dr. Carnage)

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