[Resenha] Dia Mundial do Rock - Natal
fotos por Jomar Dantas
foto Os Bonnies por Rodrigo Sérvulo
Domingo não é dia de sair de casa... Digo mais: eu acho que seja quase pecado sair de casa aos Domingos, e olhe que nem religioso eu sou.
O santo Domingo é dia de deitar na cama, assistir filme na TV, comer pipoca, etc. Mas o problema é: quando a situação requer, quando você precisa sair e pronto, não tem jeito. As vezes uma força maior entra em seu caminho e você precisa largar a preguiça de lado e se por de pé. Afinal, quando o rock chama, você obedece.
E o Rock chamou cerca de 1.500 pessoas nesse domingão, 19 de Julho.
A ribeira foi palco para mais uma tarde-noite de puro rock'n'roll (sem chuva, ainda bem). O Dia Mundial do Rock - Natal, além de comemorar a data de mesmo nome, tinha como objetivo arrecadar uma tonelada de alimentos (não perecível). Objetivo esse mais do que atingido, foram por volta de uma tonelada e meia de alimentos arrecadados.
Foto: Dr. Carnage
Marcada para às 16h, o evento começou às 16h45 (horário-local do meu relógio) com a banda Dr. Carnage tocando no palco do Centro Cultural DoSol. Os caras abriram a tarde com O chamado do bar, cover muito bem executado do Matanza (detalhe para o vocalista mandando uma voz parecidíssima com a do Jimmy), e seguindo com músicas próprias que vão desde composições mais hardcore à músicas puxadas para o horror punk. Apesar do pouco público, a banda mandou um som bem elaborado, divertido, pecando talvez numa necessidade maior de presença de palco, no mais: show de bola.
Meia hora depois é a vez do Driveout subir no palco do Armazem Hall. Com a casa ainda enchendo, a banda fez um som que misturou peso e melodia, bem característico dum estilo mais post-hardcore (ritmos precisos e bases de guitarras rápidas e altas, com um vocal que alternava hora entre sussurros, hora entre gritos). Já tendo lançado dois singles e preparando um full-leght para breve mais, os garotos da Driveout mandaram bem: rockzinho emo (apesar de emo demais pra o meu gosto), presença de palco, organização e um som que vem maturando ao longo do tempo.
Foto: Bugs
De volta ao palco do DoSol e com um público já lotando os ambientes, a banda Bugs é a próxima a tocar. Creio que esses caras dispensam apresentações, mas mesmo assim: garage rock com psicodelia define bem o que eles fazem. Fazem inclusive bem feito. Apesar do som estar ruim e vindos de uma série de shows divergentes (alguns falando que eles estavam mais hardcore, outros que tava tendo muito instrumental, etc), eles mandaram uma apresentação certeira: músicas instrumentais no ponto, baixo afiado, guitarras calibradas e pra finalizar um cover irado do Motorhead. Isso sim que é rock'n'roll.
Foto: Distro
Com algumas alterações no horário, é a vez da Distro, que ia tocar depois da Rejects. Novamente, som ruim. Bateria baixa, guitarras altas, acústica que não contribuia... Fora isso: show com músicas novas, Little Lion ganhando destaque, presença de palco, covers irados (incluindo Hey Hey My My do Neil Young). Não precisa falar muito, o Distro vem fazendo shows redondinhos e bem elaborados. Vamo pra próxima.
Foto: RejectsVez do Ak-47 subir aos palcos. A banda toca para um Armazem Hall lotado, com um público já familiarizado que sabia todas as músicas de có. Presença de palco e apresentações perfomáticas já são marcas registradas do vocalista Juão, dessa vez: com cabelo verde, cara marcada e pintado completamente de vermelho. Pra completar, durante o show eram atiradas bexigas verdes contendo farinha e penas de galinha para serem estouradas pela platéia. Destaque para as groupies inspiradas que fizeram a festa em cima do palco (com direito a beijo quadruplo e tudo mais).
Foto: Os Bonnies
Banda agita DoSol lotado, faz todo mundo requebrar e obriga a organização a deixa-los tocar mais que 30 minutos. Os culpados: Bonnies. O quarteto sobe ao palco, abrindo com uma instrumental de balançar o esqueleto, fechando com uma instrumental de balançar o esqueleto e recheando, no meio disso tudo, com várias músicas de balançar o esqueleto. Os Bonnies - que ganhou recentemente o Prêmio Núbia Lafayete e já apresenta músicas novas na ponta do gatilho - agitou um DoSol transbordando de gente, tocando seu rockabilly frenético por cerca de 50 minutos. No lado de lá, Comando Etílico já havia começado os metais insanos.
Foto: Comando Etílico
Mandando o melhor do puro metal cantado em português, Comando Etílico faz a festa dos head bangers de plantão e anima a noite regada a alcool. A banda iria se apresentar por último mas depois de uma troca de horários é a Psicomancia que termina a noite.
Metal, trash e hardcore, roda de pogo, e um cover de Pantera. Psicomancia finaliza a noite com classe.
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