quarta-feira, 29 de julho de 2009

[Resenha] Venice Under Water - Infinity


O Venice Under Water é uma das bandas mais recente, foi formada em 2008 e já lançou um EP virtual chamado "Singles To Be Couples" que junto com a faixa "You Should Know" formou o EP físico de mesmo nome, agora com o "Infinity" eles fizeram um álbum conceitual que conta a história de um cara que pode viajar no tempo e se baseia na Teoria do Suicídio Quântico e da Teoria das Cordas, então, deixando de lado tudo isso vamos para a parte que interessa:


01 - Clouds Generator – A música começa com um riff de guitarra limpa bem interessante e alguns sons como Background e logo entra bateria, voz e baixo, a linha melódica das estrofes tem uma mescla de vocal grave e agudos que me fez lembrar um pouco de Muse, ponto alto para o baixo com algumas linhas bem interessantes, principalmente na ponte, logo depois temos um “Outro” que é muito bom e que acaba ficando na cabeça, a parte da canção que não me agradou foi o refrão que acabou ficando meio opaco.


02 – Mental Trigger – Já começa com guitarra pesada, essa música é um “morde-e-assopra” ela vai saindo do leve para o mais pesado em suas estrofes o que soa bacana e interessante, ainda mais por ter uma cara de balada, o refrão dessa já é mais intenso e lembra um pouco o 30 Seconds to Mars, principalmente nas linhas de guitarra e nos efeitos que seguem logo após o mesmo, na ponte houve algo interessante, quando ouvi pela primeira vez não consegui gostar, parecia estar semitonado e me incomodava mas acaba que fica na sua cabeça e você cantarola por dias, logo depois nós temos uma participação de Chris Botarelli (The Cashs), voz doce e aguda, momento ótimo para ligar com a próxima faixa.


03 – Time Traveller – Essa, ao contrário da outra começa com violão e voz e começa a crescer de acordo com o passar da canção, bons Backing Vocals mais graves feitos por Edu (Baixo) até explodir em um ótimo refrão (que começam a se reproduzir) bem chiclete, ao contrário das outras canções que possuíam pontes instrumentais, essa é como se houvesse mais uma estrofe parecida com o refrão que se liga a ele acabando só com as vozes, ótima canção e ótima linha vocal.


04 - Unrelenting Fate – Bateria já mostrando pra que veio, uma bela aquisição para a banda foi a entrada de Lauro Kirsch dando uma pegada a mais nas músicas, guitarra entra fazendo um bom riff, mesmo sendo básicamente power chords ele cai como uma luva na proposta da canção, estrofe com notas altas e uma linha melódica que mais uma vez lembra a banda britânica capitaneada por Matthew Bellany, esplodindo n'um refrão cheio de corinhos fazendo uma segunda voz, gostei disso, na segunda estrofe tem a parte que eu não achei interessante, alguns falsetes, acho que ficou desnecessário, no final nós temos refrão com mais coros e um “Outro” que é basicamente o riff do início com um flanger, essa música mostra uma faceta mais pesada da banda e ao mesmo tempo mais Pop, algo legal de se fazer quando bem administrado.


05 - A Classic Form Of Mental Illness – A música já começa com uma pegada, achei estranho o uso de um violão no background do início, muito “overproduced”, a música já começa intensa e o violão soou estranho, prejudicou, geralmente se usa isso para tirar o peso da guitarra, é usado posteriormente na canção, nas estrofes, não casou. A música possui uma pitada épica e me surpreendeu, a voz tá encaixada, ótimo trabalho do vocalista Raniere Moura, ela, como a primeira faixa não possui um refrão que se destaca, mas não é incomodo aqui, funcionou muito melhor, ótima canção para se acabar o trabalho, ela consegue passar momentos diferentes continuando no trabalho de ir do pesado para o leve e acabando de sopetão, uma das melhores da bolacha.



Ótimo trabalho desses potiguares, ainda não foi lançado físico para poder dar uma conferida melhor mas o “pacote” que eu recebi vinha com a arte que será usada, muito boa, feita pelo guitarrista César Valença, é sempre interessante ver trabalhos conceituais, não sei se na versão “real” nós teremos as letras como outras bandas colocam, se não é em um encarte vem como nos antigos vinis, como uma folha a parte, seria muito bom ter as letras para poder acompanhar melhor essa história contada (e cantada) nas canções, se a banda não pensou nisso, fica a dica.


Por Vinícius D'Luca

1 comentários:

DoSol Records disse...

é bom colocar quem foi o autor da resenha...

1 de agosto de 2009 às 05:07