segunda-feira, 21 de setembro de 2009

[Resenha] ZN Rock




O evento começou com um atraso de apenas meia-hora que não atrapalhou na programação, apenas para que mais pessoas estivessem no recinto, a primeira banda a tocar foi o Underneath (Your Dreams?), banda de Screamo com vocal feminino, em seus momentos menos gritados lembram um pouco um pop/punk mais moderno, até entrar os breakdowns e os gritos, tocaram covers de Glória e UnderOATH, show legal mas ainda tava meio embolado, estão no caminho certo amadurecendo e melhorando a cada concerto.

Dr.Carnage foi a segunda da noite devido a um atraso com uma das bandas, primeira vez que consegui ver esses rapazes em ação e fiquei muito feliz com o que vi, eles são coesos no que fazem e não é a toa que vão tocar no Festival Dosol 2009, som pra quem gosta de entrar nas rodas de mosh pit, foram as primeiras que se formaram lá, mesmo que pequenas.

A banda que veio em seguida deveria ter sido a segunda e acabou se atrasando mas isso não comprometeu o cronograma do evento, Subgrave veio de Pau-dos-Ferros com um som meio rock alternativo que lembra um pouco Chevelle e Breaking Benjamin, apesar de não ter curtido o trabalho das letras eles possuem ótimos riffs e um show bem legal com um cover de Joe Satrianni (???).

Logo depois quem sobe no palco 1 é o Rejects já misturando as canções do “Devil's Corner” com o “Green” formou algumas rodas, momento interessante de quando tocaram “I Believe In Miracles” dos Ramones que fez muitas pessoas correrem para a frente do palco com dedo em riste, o Distro já passou o som enquanto o Rejects tocava e por isso já começou o show sem intervalos, tocaram o “Chocolate With Pepper” completo e as cordas da guitarra de Rafaum quebraram em “The Death Is Waiting For You” (uma E e uma A!!!!), pegaram a guitarra do Julio Cortez e continuaram o show, ótimo show, redondo e muito bem timbrado, nada mais a comentar, voltando ao outro palco começava o Calistoga tocando seu Post-Hardcore, o show dos caras é um daqueles que faz você se sentir melhor, a presença de palco é impressionante e foi legal ver uma galera indo lá na frente e cantando as canções novas, cheios de energias fizeram um show curto mas direto.


O Sertão Sangrento entra em cena e paira um ar de filme B no North Show, a galera faz um literal show de punk horror, com direito ao vocal tocando aquele terror característico e tudo mais. As letras da banda lembra muito os “Zumbis do Espaço”, banda que é referência desta cena. Ponto marcante do show foi a roda que começara a ficar bem tensa e insana, deixando o show bem instigado.


"Massa massacra, faz picadinho" foi assim que o AK-47 começou o show, tocando no palco 2 do evento, que por sinal por ser no chão fez com que a galera ficasse litarelmente em cima da banda, garantindo um excelente clima para o show. A banda a cada apresentação tem ratificado o quanto ela tem respaldo com sua galera, era muita gente cantando as músicas dos caras, usando a camisa da banda, enfim o público fazendo o show juntamente com a banda. No set, para variar um pouquinho "Infecção" e "Entrada" garantiram a diversão dos rockeiros.

Em seguida, entra em campo o time da casa, o Decreto Final começa o show de cara com uma de suas músicas de trabalho “Três Conceitos”, creio que seja a mais conhecida do público (rolou um tempo na rádio e tudo mais...). Show bastante enérgico, destaque para a música “Natal” e a para a galera do Decreto literalmente em casa ali naquele palco com a participação daquela galera, era gente demais no palco, quase uma invasão.


Ravanes começa sua apresentação e o clima pesado daquele som começa a tomar conta do local do show. A banda continua seguindo sua linha Trash Metal, entretanto agora com formação nova, com um novo baixista que a meu ver trouxe um ganho pra banda nos vocais, fazia um back-vocal irado mesmo, totalmente coerente com o som dos caras. Ainda rolou uma participação do Nemuel (Gandhi) em uma das músicas do EP Espantalho.


Dando seqüência a parte pesada da noite o Verdade Suprema sobe ao palco, por sinal a banda estava longe destes a bastante tempo, e mesmo com todo este hiato da galera a banda fez do local do show uma grande roda. De cara começaram com “Quimicado” música que a crowd conhecia bem, em seqüência empurraram covers do slipknot e “Elite” com a participação do Nemu, trocando em miúdos: polgo insano, lado a/lado b, rapazes caídos no chão e afins. A banda passou por uma mudança de formação, quem assumiu o baixo foi o Felipe (ex WALD). O show foi bem positivo por parte da galera, mas o que me causou estranhamento foi a falta costumeira presença de palco do vocal Corvo, como se diz aqui na terra parecia que estava “morgado”.


Pra encerrar esta edição do Zn Rock, o Gandhi chega representando a galera do metalcore, a banda de um ano pra cá foi assumindo uma nova identidade musical, creio que este ano eles encontraram a proposta que estavam afim de fazer. O Show foi muito instigado, Nemu corria de um lado para o outro, todos os integrantes estavam numa instiga suprema, isso tudo refletia em mosh pit dos remanescentes lá em baixo. A banda tinha acabado de lançar trampo no myspace e começou o set com este single: “Renascendo”, na seqüência “Traidores” e o “Confined” (do As a Lay Diyng) pra variar um pouquinho.


Saldo positivo do Zn Rock, o evento foi organizado pra caralho, uma boa estrutura para as bandas e um espaço bacana, tirando que estes grandes festivais se tornam um pouco cansativos pelo número de bandas, mas fora isso... Viva a ZN !



Resenha por Vini D'Luca e Shilton Roque
Fotos por Ana Morena Tavares

0 comentários: