quarta-feira, 14 de outubro de 2009

[Resenha] (That's) Not Another Gig

Exatamente no meio do feriadão a galera resolve fazer a segunda versão do “Not Another Gig” sendo intitulada então de “(That's) Not Another Gig” que contou com 75% das bandas da primeira versão e foi nesse clima de semi-repeteco que o evento contou com um bom público (mais de 100 cabeças) num domingão natalense no Centro Cultural Dosol.


A primeira banda da noite (é já era noite quando o evento programado para as 16h começou) foi a Alone. A primeira vez em que presenciei o som dos rapazes foi num Covernation há pouco mais de um ano, e não guardo boas recordações, todavia o som dos caras melhorou um bocado, creio até que tenham mudado de formação. Mas com essa citada melhora a banda ainda demonstra ser bastante verde e precisa ensaiar e tocar mais, pra ficar no grau. Deu pra notar alguns errinhos na execução da coisa. Sem medo de cair no pecado da rotulação o som deles é bem simples de se definir: junta “Forfun”, “Scracho”, “Dibob”, “Darvin”, “Swell” (toda essa galera pop punk playboy carioca “ixperta”) e bota uma pitada de Blink 182, entretanto esse som agradou aos amigos que faziam parte da platéia e até polgaram na hora do cover do Blink que eles tiraram. Pra finalizar a onda toda, tinha uma música lá que eu não entendi muito bem que mencionava: “porque eu sou playboy”, todo mundo da geração mais velha do recinto usava o trecho como motivo pra chacotear a banda, eu não entendi muito bem a música (confesso não conhecer) por isso me atenho apenas a citar o fato e dizer que nem precisava do refrão porque debaixo do palco vendo o show já dava pra notar.


Logo em seguida sobe ao palco a Underneath your Dreams, que progrediu muito dentre as três apresentações que assisti da mesma, a ponto de não cometer mais certos vacilos, a apresentação foi bem positiva, galera lá embaixo agitou pacas. Estão vendo como a fórmula é fácil: mais ensaios, mais apresentações, mais ritmo e o show vai melhorando. Continuo me impressionando com os berros da moçada, inclusive os da guria lá, mas ainda acho um tanto quanto curiosa a proposta deles, a banda em seu show não nega de forma alguma que seu som passeia sob um influência do “Fake Number” somado a um peso e uma linha screamo. Ahhh, quase me esqueço, gostei da presença de palco deste show, a galera fez a onda legal lá em cima. Em suma, missão cumprida por parte da rapazeada (e da moça).

Dando sequência ao evento a banda Sunday Record, com sua nova formação, demonstrou, a exemplo da anterior, ter evoluído muito também, talvez tenha sido esse fator (formação) o determinante, eles nem lembram mais aqueles “bóe” todo duro que tocaram no início do ano no “A Casa”. Pessoal tá no tempo certinho, bem mais solto no palco e o que posso destacar mesmo como ponto forte são os back vocals. Quando a banda entra com três vocais o rolé sai direitinho e bonito (ponto pra molecada). Pra animar mais ainda a juventude no DoSol, tocaram alguns covers, "Do You Still Hate Me?" do Jawbreaker com participação de Vini D'Luca cantando e o cover (comumente cobrado em seus shows) do Green Day, se a memória não me falha foi “Basket Case”.


Pra encerrar a noite tem o Driveout, o repertório foi baseado no último EP lançado pelos caras, com um up de estar recheado com alguns covers do “Funeral for a Friend” e “Taking Back Sunday” e nessa hora a instiga do batera Leo e da galera perto do palco foi bastante perceptível, o público fiel da galera já aprendeu a letra das músicas e nesta apresentação já cantava lá embaixo. Pra completar a onda toda, ainda teve uma guria que subiu ao palco com uma blusa a menos em seu vestuário e tacou um beijo no guitarrista Neto, depois deu uma descidinha até o chão (a La funk e rebolados nacionais) e pulou do palco. Foi bacana mesmo a apresentação. Pra encerrar, mil saideiras. Eles disseram que iam encerrar o show umas três vezes mas acabavam tocando mais uma, só acabou porque rolou um princípio de incêndio no palco, e oficialmente o show acabou com um cover da Lady Gaga (é isso mesmo que você ouviu, hehe) “Just Dance”.

E no fim, não tenho mais metáforas bonitas, nem saco pra encerrar o texto de maneira criativa, só restando dizer que o evento foi bacana e superou minha expectativa no quesito público e evolução das bandas.


Resenha por Rock Potiguar
Fotos por : Diego Marciel, Iago Medeiros, Rafaele Diniz e Thaís Cavalcante

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