quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Resenha: Rejects - Green


E logo como segundo lançamento o power trio potiguar Rejects já lança seu disco com cor, se o nome remete a um ótimo disco do Weezer fica aí no nome do álbum a referência, ao contrário da última banda encabeçada por Foca ser mais próximo dos nerds californianos (só pelo jeitão pop) a nova empreitada do produtor/baixista/tecladista/severino é mais voltada aos riffs pesados, dessa vez o formato, mesmo sendo digital como o anterior não aposta na "loucura" (IMO) de colocar todas as faixas juntas o que tornava a audição cansativa, vamos para as faixas:

1 - Get Up - Essa é Catchy, MUITO CATCHY, já é single dos caras e não é a toa, a melodia você vai ficar cantarolando, ela não é açucarada ela simplesmente faz você cantar junto, ótima pedida pra abrir o álbum. 5/5

2 - The Damage Done - Essa já é mais lenta, acho que seria algo como uma proto-balada, ou algo assim, ela foi maturando na minha cabeça, de início eu não gostei pelo fato de acha-la meio repetitiva, ela tem um bom refrão, ela é o que eu chamaria de uma "Música Filler", seria ótimo tê-la em um Full Lenght, talvez não em um EP, já que você tem cinco faixas (já que a sexta é um bônus) e ela fica bem aquém das outras composições, mas eu já falei que ela tem um refrão legal?. 2/5

3 - Trust - Começa com baixo e guitarra fazendo o tipo de riff que eu acho legal, ela segue a linha que "The Damage Done" veio, mais lenta, só que aqui nós temos energia pulsando a torto e a direito, os backing vocals estão bem colocados e podemos ver todo o poder da voz do Júlio que se encaixa muito bem na linha vocal, junto com "Get Up" faz a dupla de músicas mais legais da bolacha virtual. PS: eu acho essa música ótima pra ser trilha sonora de alguma cena de ação de filmes tipo "Mandando Bala". 5/5

4 - Grindlock - Aqui é o momento que todos vão dizer "ele tá se contradizendo!" teoricamente "Grindlock" seria o que qualquer pessoa/crítico/chato chamaria de música filler por ser instrumental, só que, ao contrário da segunda faixa aqui nós temos um propósito, é um apanhado de riffs legais que fazem uma música instrumental bacana de se ouvir, ela seria um tipo de interlúdio do EP, mesmo eu achando que em um "Extended Play" não é boa coisa, eu não posso deixar de dizer que eu simpatizei com essa música, ótimos riffs. 4/5

5 - Makin' a Mess - Ela começa com um Fade In e já vem com uma energia legal e um refrão catchy, ponto positivo, o riff lembra muito a primeira canção mas não vejo como algo negativo e sim como uma unidade musical de um trabalho, que é o que deve acontecer (IMO), a banda compõe o álbum e não apanha algumas canções e joga, se por acaso eles só pegaram as canções e jogaram me enganaram, o problema dessa canção é que ela é curta e você fica esperando mais, só que ela além de ser rápida acaba o EP e pronto, você vai ter que esperar pra o próximo lançamento. 3/5

Depois dessas cinco faixas nós temos um bônus track que nada mais é do que o último EP deles, o "Devil's Corner" todo o que é legal porque daí você já ouve todos os trabalhos da banda e se prepara quando for pra um show, eles terem dividido o CD em faixas como é comum foi ótimo, não sei se estou sozinho nesse planeta mas o primeiro trabalho deles me deixou frustrado por ser uma faixa de 12 minutos e não funcionou pra mim como algo positivo porque você acaba que não consegue digerir tudo porque tá muito junto e não estamos falando de um disco do Latino aqui, o "Green" é um ótimo lançamento que nos faz pensar quais serão os próximos dessa banda, o EP é curto, tem 12 minutos, você realmente fica com vontade de mais, eu tenho uma teoria que uma banda se consolida depois de três lançamentos, no primeiro eles tão procurando, no segundo é mais ou menos o que eles querem fazer e no terceiro acredito que esteja tudo já maturado, os rejeitados já passaram por duas dessas fases com medalha de ouro, vamos esperar agora para o terceiro (e que venha logo!).

Média : 4/5

Pra quem Gosta de : Mastodon, Helmet e drive na voz.

Por Vinícius D'Luca

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